sexta-feira, 27 de julho de 2007

Acessibilidade e Inclusão: Convivência Universal

Eduardo Barbosa* inicia a conferência magna dizendo que “a acessibilidade é um meio para que a inclusão aconteça”. E para tanto, é importante estarmos atentos às leis, aos prazos e cumprimento destas, pois a acessibilidade dá visão de movimento, é um instrumento para se fazer cidadão.
Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, é colocado como viés o princípio de ver cada homem como único, assim, todos nós fazemos parte de uma diversidade; mas, mesmo com esta Declaração, ainda vemos políticas em que a pessoa é que tem que se adequar e não a política que é feita para todos. Continuamos reproduzindo um modelo de apartheid social, com uma visão de classificação (estamos sempre rotulando).
Diante da Inclusão, devemos sempre flexibilizar os nossos sistemas para permitirmos a permeabilidade entre as experiências, cada um tem uma consciência, uma liberdade de decisão, aproveitar a experiência que o indivíduo trás é algo a ser valorizando, pois permitimos a contribuição de todos. Porque não caminharmos nesta direção, ao invés de continuarmos sendo a geração que reproduz um modelo cristalizado, com visão separatista e de classificação (separação em classes). Será que podemos falar que temos um Sistema Educacional? Não temos unidades educacionais que interajam entre si, não buscam dentro da sua própria rede os apoios; continuando a reproduzir um sistema rígido de estrutura inflexível, quando seria mais proveitoso mudar atitudes e facilitar o processo.
Eduardo Barbosa destaca na Declaração Universal, quatro princípios que também estão presentes na nossa Constituição Federal, são eles:
- Liberdade: direito de escolha;
- Igualdade: discriminação deve ser banida; posso ter preconceito, mas não posso discriminar o outro pela sua condição;
- Solidariedade: interdependência; apesar de ser temática a inclusão a mais de 50 anos, somo muito lentos, nos propomos muito pouco a viabilizar a flexibilidade aos problemas que temos, tendemos a responsabilizar o meio e não parte dele: nós.
A partir da lei a pessoa com deficiência tem prioridade. O tratamento deve ser diferenciado, devo promover mudanças em mim, para me relacionar com o outro a partir da sua necessidade, por exemplo, a pessoa tem déficit intelectual, irei trabalhar com ela com recursos que ela dê conta de administrar e não a partir do que eu determine, o outro é que será o balizador da minha forma de agir, de trabalhar.
Falar de acessibilidade é falar de mudanças que são necessárias para a mobilidade física e social do deficiente, é falar de mudanças: 1) Arquitetônica e urbanística; 2) Serviço de transporte coletivo; e 3) Meios de Comunicação e informação. As nossas limitações aumentam com o passar do tempo. Construir uma cidade que dê acesso ao deficiente é também pensarmos ao que estamos submetidos na cronologia do tempo, todos seremos um dia idosos e com limitações de diversos âmbitos, visuais, auditivas, físicas, dentre outras. Então, vamos nos despir de um julgamento prévio, e quando nos depararmos com a deficiência, vamos criar alternativas para lidarmos com esta situação.
“Quem se propõe a ser inclusivo, não pode ser reticente” (Eduardo Barbosa*)
* Eduardo Barbosa é médico pediatra; Depudo Federal; Presidente da Federação Nacional das APAEs; Vice-presidente da CILPEDIM; Membro do Conselho Consultivo da Federação Estadual das APAEs do Estado de Minas Gerais.Acessibilidade e Inclusão: Convivência Universal
Eduardo Barbosa* inicia a conferência magna dizendo que “a acessibilidade é um meio para que a inclusão aconteça”. E para tanto, é importante estarmos atentos às leis, aos prazos e cumprimento destas, pois a acessibilidade dá visão de movimento, é um instrumento para se fazer cidadão.
Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, é colocado como viés o princípio de ver cada homem como único, assim, todos nós fazemos parte de uma diversidade; mas, mesmo com esta Declaração, ainda vemos políticas em que a pessoa é que tem que se adequar e não a política que é feita para todos. Continuamos reproduzindo um modelo de apartheid social, com uma visão de classificação (estamos sempre rotulando).
Diante da Inclusão, devemos sempre flexibilizar os nossos sistemas para permitirmos a permeabilidade entre as experiências, cada um tem uma consciência, uma liberdade de decisão, aproveitar a experiência que o indivíduo trás é algo a ser valorizando, pois permitimos a contribuição de todos. Porque não caminharmos nesta direção, ao invés de continuarmos sendo a geração que reproduz um modelo cristalizado, com visão separatista e de classificação (separação em classes). Será que podemos falar que temos um Sistema Educacional? Não temos unidades educacionais que interajam entre si, não buscam dentro da sua própria rede os apoios; continuando a reproduzir um sistema rígido de estrutura inflexível, quando seria mais proveitoso mudar atitudes e facilitar o processo.
Eduardo Barbosa destaca na Declaração Universal, quatro princípios que também estão presentes na nossa Constituição Federal, são eles:
- Liberdade: direito de escolha;
- Igualdade: discriminação deve ser banida; posso ter preconceito, mas não posso discriminar o outro pela sua condição;
- Solidariedade: interdependência; apesar de ser temática a inclusão a mais de 50 anos, somo muito lentos, nos propomos muito pouco a viabilizar a flexibilidade aos problemas que temos, tendemos a responsabilizar o meio e não parte dele: nós.
A partir da lei a pessoa com deficiência tem prioridade. O tratamento deve ser diferenciado, devo promover mudanças em mim, para me relacionar com o outro a partir da sua necessidade, por exemplo, a pessoa tem déficit intelectual, irei trabalhar com ela com recursos que ela dê conta de administrar e não a partir do que eu determine, o outro é que será o balizador da minha forma de agir, de trabalhar.
Falar de acessibilidade é falar de mudanças que são necessárias para a mobilidade física e social do deficiente, é falar de mudanças: 1) Arquitetônica e urbanística; 2) Serviço de transporte coletivo; e 3) Meios de Comunicação e informação. As nossas limitações aumentam com o passar do tempo. Construir uma cidade que dê acesso ao deficiente é também pensarmos ao que estamos submetidos na cronologia do tempo, todos seremos um dia idosos e com limitações de diversos âmbitos, visuais, auditivas, físicas, dentre outras. Então, vamos nos despir de um julgamento prévio, e quando nos depararmos com a deficiência, vamos criar alternativas para lidarmos com esta situação.
“Quem se propõe a ser inclusivo, não pode ser reticente” (Eduardo Barbosa*)
* Eduardo Barbosa é médico pediatra; Depudo Federal; Presidente da Federação Nacional das APAEs; Vice-presidente da CILPEDIM; Membro do Conselho Consultivo da Federação Estadual das APAEs do Estado de Minas Gerais.

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